domingo, 27 de janeiro de 2013

Necessitar das obrigações governamentais é pedir demais?

Depois do ultimo texto ("Assine uma, entenda todas") e das ideias propostas para a construção de um mais recente, tenho percebido que poderão ser constantes o uso do "eu" e de seus conjugados. Desde já, peço desculpa pela despadronização e digo que, certamente, trará uma maior produtividade à difusão dos meus ideais. Enfim, vamos ao que realmente interessa.
A saúde pública acaba de exemplificar há pouco o estado em que encontra-se, seja municipalmente ou nacionalmente. O atendimento ao cidadão pagador de impostos e que já contribuiu tanto para a atual formação socioeconômica de de nosso país é sabidamente vergonhoso. Mas aos destrincharmos os pontos-chave de uma emergência, o quadro torna-se bem mais alarmante do que o que se parecia. 
Se não fosse passar um tom de apologia aos trotes por telefone - que por sinal são extremamente intoleráveis e prejudiciais às organizações públicas e até particulares - pediria para ligar em um momento entre 19 e 23h para a SAMU e solicitar uma prestação de serviços com urgência, para assim ver o resultado: 2, 3, 4 e até 10 ligação não correspondidas. Ao esbarrar em um empecilho como este, basta creditar às fichas em um carro próprio ou de um vizinho próximo. O carro provavelmente não será propício para o socorro e o paciente já deveria ser encaminhado para um hospital mais próximo - a pelo menos 30km, já que os que estão próximos quase nunca suprem as principais necessidades - com a execução de primeiros socorros. Mas o mais chocante ainda estar por vir: Ao chegar no hospital mais próximo, não há nem 1 (um, I ou one) funcionário para retirar o paciente do carro com os métodos de segurança que são necessitados. Então, quem está fazendo um ato de caridade pode sair como criminoso por não saber como lidar com o doente (Aliás, "quase morto", na situação vivenciada) e acabar agravando ainda mais o seu estado de saúde. Dentro de um local que deveria servir para apasiguar a situação, o que se vê são pouquíssimos profissionais e que, muitas das vezes, só tem os instrumentos necessários para ver a pulsação ( as próprias mãos) e diagnosticar se a pessoa está morta ou não - o que pode ser feito sem precisar sair de casa.
O mínimo que seria preciso para que um caso como esse não terminasse em falecimento seriam algumas ambulâncias em ótimo estado( pode até parecer utopia, mas é possível sim), maior agilidade no trabalho, no mínimo 2 pessoas ( que não precisam nem ser da área de medicina, pois até um simples cidadão portador de Carteira Nacional de Habilitação, que tenha estado atento às aulas teóricas e preparado para aquele momento, poderia ajudar muito executando a movimentação segura do paciente) aguardando os que chegam em urgência e de materiais e profissionais em quantidade e qualidade boas.
Prolonguei o meu discurso final, mas creio que, se você ler novamente as exigências, verá que são meras exigências, não existe nada de incomum nos pedidos, apenas não temos o costume de sermos, pelo menos razoavelmente tratados.
Já que muitas pessoas acham (e podem estar certos) que não haverá uma mudança brusca e precisa na organização de nosso país, vamos lutar pelas pequenas e mais emergentes!

2 comentários:

  1. E afinal são exigÊncias minimas e que pode fazeer a maaior diferença, exigencias essas que não há dificuldade nehuma de serem feitas.
    Esse povo que governa colocam dificuldade em tudo u.u

    Bando de meerdas' !!!

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  2. O sistema político brasileiro age como se tivesse a mesma renda de Serra Leoa. Imagine se isso fosse verdade?

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